CONTEÚDOS SOBRE ESOFAGITE

O impacto psicológico em pacientes que precisam conviver com esofagite eosinofílica 

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O impacto psicológico em pacientes que precisam conviver com esofagite eosinofílica 


Algumas doenças afetam muito a rotina do paciente e dos seus familiares. A esofagite eosinofílica (EoE), que é uma doença inflamatória crônica do esôfago, afeta o bem-estar físico e mental de 10 a 57 entre 100.000 pessoas[1]. Além dos sintomas físicos, como disfagia e dor torácica, a EoE impõe situações emocionais e sociais, na maioria das vezes devido às restrições alimentares exigidas pelo tratamento, que podem impactam a qualidade de vida[1].  


Hoje, vamos falar quais são os principais desafios que os pacientes de EoE enfrentam para manter uma boa saúde mental e como deixar a convivência com essa patologia mais leve e com mais qualidade de vida. 


Impacto psicológico das restrições alimentares

A alimentação é um fator que mais impacta o psicológico dos pacientes[1, 2], principalmente por conta da preocupação com o que pode ou não ser consumido, que aumenta o risco de ansiedade e estresse, gerando um estado de alerta contínuo[1]

Pacientes frequentemente relatam receio de ingerir acidentalmente alimentos que possam desencadear uma crise[1].  

Por isso, as dietas de eliminação são um dos métodos mais eficazes para controlar os sintomas da EoE[1].

Como adaptar a rotina alimentar

A EoE exige atenção especial quando o assunto é alimentação[2]

Isso porque, a dieta pode ajudar a aliviar os sintomas e promover a remissão da inflamação no esôfago[2].

Atualmente, existem três principais opções dietéticas para gerenciar a EoE, cada uma com vantagens, desafios e taxas de sucesso específicas[2]

Vamos te explicar um pouco sobre cada uma, para que você possa discutir com o seu médico qual é a melhor para o seu caso: 

Dieta elementar 

A dieta elementar é uma das opções mais eficazes, com uma taxa de sucesso superior a 90% para os pacientes que seguem as orientações[2]. Esse tipo de dieta elimina completamente todos os alérgenos alimentares, sendo composta por uma fórmula especial à base de aminoácidos, sem proteínas inteiras, consumida por um período de seis a oito semanas[2]. Após esse período, em casos de remissão da doença, alimentos são reintroduzidos gradualmente para identificar quais podem ser consumidos com segurança[2].

Dieta de eliminação orientada por testes

Outra abordagem é a dieta de eliminação orientada por testes, que utiliza exames de alergia, como a dosagem de IgE (uma proteína produzida pelo sistema imunológico para combater substâncias que causam doenças, como vírus, bactérias e parasitas) específica para alimentos e testes cutâneos, para identificar alérgenos específicos[2]. Com essa informação, apenas os alimentos potencialmente alergênicos são eliminados da dieta, evitando uma restrição generalizada[2].

Essa estratégia tem se mostrado eficaz, principalmente em crianças, onde a melhora dos tecidos afetados é alcançada em cerca de 48% dos casos[2]

Em adultos essa taxa é um pouco menor, cerca de 32%, mas ainda representa uma alternativa viável para pacientes que desejam evitar a rigidez da dieta elementar[2]. A adesão a essa abordagem é geralmente maior, pois permite ao paciente manter uma dieta mais diversificada.

Dieta de eliminação empírica

A dieta de eliminação empírica vai focar na exclusão de alimentos alergênicos mais comuns, sem a necessidade de testes específicos[2]. Essa dieta tem duas variações que são mais fáceis de aderir por conta da possibilidade de variação alimentar[2]. Por serem dietas empíricas, baseiam-se nas estatísticas dos alimentos mais comumente envolvidos em reações alérgicas[2].


São duas principais variações[2]

Dieta de quatro alimentos: exclusão de leite, trigo, soja e ovos.

Dieta de seis alimentos: exclusão de trigo, leite, soja, ovos, oleaginosas e frutos do mar. 

Dicas para melhorar a qualidade de vida 

Para lidar melhor com a EoE, os pacientes podem adotar algumas estratégias práticas no dia a dia, como elaborar cardápios semanais para garantir que a dieta seja balanceada e minimize o estresse e conversar com seus amigos e familiares sobre suas restrições alimentares[1].

Não esqueça de manter suas consultas com seu psicólogo e nutricionista para monitorar a sua saúde mental. 

Você pode contar também com o apoio integral e personalizado do Programa Viva da Sanofi. Aqui, você pode contar com o apoio multiprofissional de uma equipe de especialistas prontos para te ajudar com o seu bem-estar.

Referências bibliográficas 

1 - Dall‘Agnol Letícia, Souza Phelipe dos Santos, Bernhardt Claudia, Ferrari Fangio. Esofagite eosinofílica: uma revisão narrativa. Revista oficial da Associação Brasileira de Alergia e Imunologia ASBAI [Internet]. 2021 Mar 30 [cited 2024 Nov 8];:01. DOI 10.5935/2526-5393.20210023. Disponível em: http://aaai-asbai.org.br/bjai/detalhe_artigo.asp?id=1176  

2 - FERREIRA, Cristina Targa; VIEIRA, Mario Cesar; FURUTA, Glenn T.; DE BARROS, Fernando Celso Lopes Fernandes; CHEHADE, Mirna. Esofagite eosinofílica - Qual é a nossa posição atual?. J. Pediatr. (Rio J.), [S. l.], p. 95, 1 maio 2019. DOI https://doi.org/10.1016/j.jped.2018.06.012. Disponível em: https://www.scielo.br/j/jped/a/LrrbQ7rwk9C8tF5G9zybJrj/?lang=pt#. Acesso em: 8 nov. 2024. 


MAT-BR-2500250-Fevereiro/2025