CONTEÚDOS SOBRE DPOC

Como a DPOC afeta os pulmões e a saúde do corpo no geral 

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Você sabe como a Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica (DPOC) afeta o seu dia a dia? Hoje, vamos falar como você pode conseguir viver com a melhor qualidade de vida possível. Vamos lá? 


A DPOC, popularmente conhecida como enfisema pulmonar, é uma condição pulmonar crônica e progressiva, que dificulta a respiração e compromete o bem-estar físico e emocional dos pacientes[1]. Causada principalmente pela exposição ao fumo de cigarros (tabagismo) e pela exposição a queima de matéria orgânica, como lenha e/ou poluentes, a DPOC afeta diretamente os pulmões, mas seus impactos se estendem para várias funções corporais, influenciando também a saúde mental e a qualidade de vida de quem convive com a doença[1].   


Uma das principais ferramentas para lidar com a DPOC é a informação. Entender como a condição afeta o corpo, os detalhes dos seus estágios, sintomas e estratégias de tratamento, além de práticas para melhorar a qualidade de vida[1].

Como a DPOC age nos pulmões

A fumaça inspirada do cigarro ocasiona uma inflamação crônica das vias aéreas (brônquios e bronquíolos), gerando um estreitamento dessas vias, o que dificulta a passagem do ar e causa sintomas como[1]:

Com o tempo, o tecido pulmonar vai sofrendo danos que comprometem a troca de oxigênio e dióxido de carbono, reduzindo assim a capacidade respiratória e a resistência física, tornando tarefas cotidianas desafiadoras[1]

A redução do condicionamento físico, por causa das limitações respiratórias, contribui para alterações musculares e para a disfunção dos músculos esqueléticos, o que intensifica a intolerância ao exercício[2]. Outras manifestações incluem depleção nutricional (perda de peso) e comorbidades frequentes, que afetam diretamente a saúde e a sobrevida dos pacientes. Por isso, cuidar da DPOC vai além do tratamento pulmonar, além disso, é preciso atenção às manifestações sistêmicas e às opções de tratamento que visam melhorar a qualidade de vida e o bem-estar geral dos pacientes[2].

Os estágios da DPOC

A DPOC é classificada em quatro estágios[3]:

Leve

Moderado

Grave

Muito grave

Nos estágios iniciais, os sintomas podem ser discretos e aparecer apenas em atividades intensas[3]. Com a progressão para estágios mais avançados, a falta de ar e o cansaço começam a ser mais frequentes e intensos, afetando até mesmo atividades diárias simples[3]. No estágio muito grave, as limitações respiratórias são severas, e o paciente pode necessitar de oxigenoterapia[3]

O Impacto na saúde como um todo

Embora seja uma doença pulmonar, a DPOC provoca efeitos em todo o corpo. A limitação do fluxo de oxigênio afeta o sistema cardiovascular, aumentando o risco de doenças cardíacas e contribuindo para infecções frequentes[2]. A DPOC também se associa a inflamações sistêmicas, piorando algumas condições de saúde, resultando em fraqueza e mobilidade reduzida[2].


Por isso, é importante você se consultar regularmente para ver se há necessidade de realizar testes da função pulmonar[3]. Esse exame ajuda a entender o nível de obstrução das vias aéreas, classificado conforme o estágio da DPOC (leve, moderado ou grave)[3]. É importante também acompanhar a intensidade da falta de ar (dispneia), tanto antes quanto depois dos exercícios físicos, fundamental para acompanhar a progressão da DPOC e ajustar as intervenções de forma personalizada[3].

O principal fator de risco 

O tabagismo é a principal causa da DPOC, representando aproximadamente

80% dos casos

Parar de fumar é a medida mais eficaz para frear a progressão da doença e prevenir o agravamento dos sintomas.[1,3] 

Além do cigarro, a exposição a poluentes, poeira e produtos químicos aumenta o risco de DPOC, tornando essencial evitar ambientes poluídos e usar proteção adequada ao manipular substâncias tóxicas.[3]

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Referências bibliográficas 

1 – SILVA, M. R.; OLIVEIRA, C. E. Terapia nutricional na doença pulmonar obstrutiva crônica. Revista de Saúde Pública, v. 34, n. 3, 2001. Disponível em: https://www.scielo.br/j/jbpneu/a/KqwBHQ6vGbV3DrbdxQDghgb/?lang=pt&format=html. Acesso em: 13 nov. 2024.

2 - DOURADO, Victor Zuniga; TANNI, Suzana Erico; VALE, Simone Alves; FAGANELLO, Márcia Maria; SANCHEZ, Fernanda Figueirôa; GODOY, Irma. Manifestações sistêmicas na doença pulmonar obstrutiva crônica. J. bras. pneumol. , [S. l.], p. 32 (2), 1 abr. 2006. Disponível em: https://www.scielo.br/j/jbpneu/a/tBx4LPB6g5zZHLbdRzCnsRs/#. Acesso em: 13 nov. 2024. 3. 3 - Zanchet Renata Cláudia, Viegas Carlos Alberto Assis, Lima Terezinha. A eficácia da reabilitação pulmonar na capacidade de exercício, força da musculatura inspiratória e qualidade de vida de portadores de doença pulmonar obstrutiva crônica. J. bras. pneumol [Internet]. 2005 Apr 01 [cited 2024 Nov 13];:31 (2). Disponível em: https://www.scielo.br/j/jbpneu/a/DYjLwLs5TBWS6XtrxxjgT7D/?lang=pt. Acesso em: 13 nov. 2024.

MAT-BR-2500251-Fevereiro/2025