CONTEÚDOS SOBRE DERMATITE ATÓPICA

Lidando com o impacto emocional

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Saúde mental para adultos que convivem com dermatite e prurigo nodular: como lidar com o impacto emocional?


Quem convive com a dermatite atópica (DA) e prurigo nodular (PN) precisa dar uma atenção especial para a saúde mental, para garantir o seu bem-estar emocional. As lesões visíveis e o prurido persistente não são apenas desconfortáveis, mas também podem sobrecarregar o estado emocional, que muitas vezes resulta em baixa autoestima, ansiedade e até depressão[1].


No texto de hoje, vamos discutir a relação entre saúde mental e as doenças dermatológicas, com foco na DA e no PN, e mostrar algumas ações para enfrentar esse desafio e tornar o seu tratamento mais leve.


Como as doenças dermatológicas afetam a saúde mental

As doenças dermatológicas como a DA e o PN não afetam só a pele dos pacientes, mas também a vida social e a sua saúde mental. Muitas vezes, a DA e a PN são fatores desencadeadores de transtornos de humor e problemas emocionais[1].

A visibilidade das lesões na pele e o desconforto constante pelas coceiras contribuem para o estigma social, fazendo com que muitos pacientes se sintam observados e isolados[1].  

Isso afeta como as pessoas se percebem e são percebidas, prejudicando a autoestima e potencialmente levando ao desenvolvimento de ansiedade e depressão[1]

​A relação entre doenças de pele e impacto psicológico pode ser representada em alguns comportamentos cotidianos. A DA, por exemplo, conhecida por causar um grande desconforto físico e emocional, afeta desde a escolha de roupas até as interações sociais[1]. Já no caso do PN, as lesões nodulares intensificam o prurido, e a aparência das lesões pode aumentar o estigma percebido[1]. Para muitas pessoas, essas condições resultam em sentimentos de frustração e impotência.

Como enfrentar o estigma e a falta de compreensão

O estigma que é associado às condições dermatológicas pode ser desafiador quem convive diariamente com DA e PN. Além do desconforto físico, eles enfrentam, muitas vezes, a incompreensão das pessoas ao seu redor, que podem acreditar que a condição seja, por exemplo, contagiosa[2]. Essa desinformação que existe na sociedade leva muitas pessoas com DA a se isolarem, intensificando sentimentos negativos como tristeza e a vontade de esconder as lesões[2].


Por isso, é preciso quebrar esse ciclo de desinformação, fortalecendo os pacientes e sociedade em geral, com estratégias para lidar com a incompreensão e possam comunicar suas necessidades de forma clara, explicando a natureza da de DA e PN[2].


A comunicação com amigos e familiares é importante. Por isso, compartilhe as informações que você conhece sobre DA e PN e apresente também o blog do Programa Viva para que as pessoas que convivem com você. Assim, podem ajudar a esclarecer as dúvidas mais frequentes[2]. Educando os outros, você não apenas reduz o estigma, mas também fortalece seus relacionamentos e evita o isolamento social.

Técnicas para lidar com o estresse

Diante dos desafios emocionais causados pela DA e pelo PN, existem diversas estratégias de enfrentamento que podem ser eficazes.

Psicoterapia

Ajuda a lidar com os sentimentos relacionados à doença e no desenvolvimento de ferramentas para lidar com o estresse e o estigma[2].


Meditação ou a prática de mindfulness

Ajuda a reduzir a ansiedade e a melhorar a aceitação dos sintomas, criando uma relação mais saudável entre mente e corpo[2].


Pratica regular de exercícios físicos

É recomendado, pois reduz os níveis de estresse, pois aumenta a liberação de endorfinas e contribui para a melhora do humor[3]

As atividades físicas, além de ajudarem a controlar o estresse gerado pelas condições, também aliviam o desconforto do prurigo[3]

​Em resumo, é possível afirmar que uma abordagem mais equilibrada reduz as respostas emocionais negativas diante das crises[3].

e o apoio psicológico

O Programa Viva oferece suporte psicológico especializado para pacientes com DA e PN, auxiliando no tratamento emocional e no desenvolvimento de estratégias para lidar com o estigma, melhorar a autoestima e enfrentar os desafios emocionais da doença. 

​Esse acompanhamento também contribui para prevenir o agravamento de transtornos como ansiedade e depressão, promovendo a resiliência, além de facilitar o manejo das emoções em momentos de crise e estimular o desenvolvimento de habilidades sociais e emocionais que ajudam a enfrentar a doença de forma mais leve e confiante.

Referências bibliográficas 

1. CARNAÚBA, Lissa A. B.; NUNES, Carlos P. O impacto na qualidade de vida de indivíduos com dermatite atópica. Revista de Medicina de Família e Saúde Mental, vol. 1, no. 1, 2019. Disponível em: https://revista.unifeso.edu.br/index.php/medicinafamiliasaudemental/article/view/1567. Acesso em: 12 de nov. de 2024

2. TEIXEIRA, Fernando T. B.; AGUIAR, Antonia V. S.; NOGUEIRA, Ana P. S.; et al. O impacto da Dermatite Atópica na saúde mental da população pediátrica: Uma revisão integrativa. Research, Society and Development, vol. 13, n. 7, e9613746379, 2024. Disponível em: https://rsdjournal.org/index.php/rsd/article/view/46379/36800. Acesso em: 12 de nov. de 2024

3. FONTES NETO, Paulo T. L.; WEBER, Magda B.; FORTES, Suzana D.; CESTARI, Tânia F. A dermatite atópica na criança: uma visão psicossomática. Revista de Psiquiatria do Rio Grande do Sul, jan./abr. 2006; vol. 28, n. 1, p. 78-82. Disponível em: https://www.scielo.br/j/rprs/a/pf6NDckWfFt9RmWqnRbRqTb/?format=pdf&lang=pt. Acesso em: 12 de nov. de 2024

4. MUZZOLON, Mariana; CANATO, Mariana; MUZZOLON, Sandra B.; et al. Dermatite atópica e transtornos mentais: Associação em relação à gravidade da doença. Revista Brasileira de Neurologia e Psiquiatria, 2021, jan./abr; vol. 25, n. 1, p. 52-62. Disponível em: https://www.revneuropsiq.com.br/rbnp/article/view/548/235. Acesso em: 12 de nov. de 2024


MAT-BR-2500255-Fevereiro/2025