CONTEÚDOS SOBRE DERMATITE ATÓPICA

Em busca de mais conforto e alívio dos sintomas: estratégias e dicas práticas para trazer mais qualidade de vida para quem sofre com dermatite e prurigo nodular 

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Em busca de mais conforto e alívio dos sintomas: estratégias e dicas práticas para trazer mais qualidade de vida para quem sofre com dermatite e prurigo nodular 


A dermatite atópica (DA) e o prurigo nodular (PN) são duas condições que afetam a pele e podem trazer alguns sintomas que causam incômodo para os pacientes que convivem com elas [1]. Entretanto, há algumas estratégias para aliviá-los e trazer mais conforto para o seu dia a dia! Para começar, vamos falar um pouco mais sobre o que são essas duas patologias.  

 

Tanto a dermatite atópica (DA) quanto o prurigo nodular (PN) são condições cutâneas crônicas, que apresentam lesões variadas como eczemas (inflamação de pele que pode causar vermelhidão, coceira, rachaduras e descamação), pápulas (lesões com menos de 1 centímetro de diâmetro) e nódulos, acompanhados de uma intensa coceira, que no termo médico é chamado de prurido [1]. Nos casos mais graves, elas podem ter um grande impacto na qualidade de vida do paciente e dos familiares [1]. Então, como você pode se cuidar para evitar as crises? 


Entendendo as Condições da Dermatite Atópica e Prurigo Nodular 

A dermatite atópica (DA) é uma doença inflamatória crônica de pele, caracterizada por coceira (prurido) e lesões descamativas, afetando cerca de 15% das crianças e 5% dos adultos [1]. Além do desconforto, pode impactar o sono, o bem-estar emocional e a qualidade de vida, especialmente em casos graves que dificultam atividades como estudar ou trabalhar.  

 

Já o prurigo nodular (PN) é outra condição crônica e inflamatória caracterizada por coceira persistente e nódulos na pele, frequentemente associada a doenças como Diabetes tipo 2 e insuficiência renal [1].  

 

Ambas as condições envolvem o sistema imunológico e nervoso, criando ciclos de coceira e inflamação que tornam o manejo dos sintomas desafiador para os pacientes [1]. 

Cuidando da Pele 

O tratamento da dermatite atópica (DA) varia de acordo com a gravidade dos sintomas e as necessidades de cada paciente [2], sendo importante que as estratégias sejam discutidas com o seu médico.  

 

Os cuidados começam com a hidratação adequada da pele, usando hidratantes e cremes indicados pelo seu médico, para aliviar os sintomas da inflamação [2]. 

 

O uso de emolientes é fundamental para o cuidado da DA, pois ajudam a restaurar a barreira da pele [2]. Esses produtos são compostos por óleos vegetais, ácidos graxos, lipídios e outras substâncias, e têm uma consistência fluida que se espalha facilmente, e evitam a perda de água e mantendo a pele hidratada e menos propensa a rachaduras[2]. É importante escolher o emoliente conforme o tipo de pele[2] e orientação do seu médico: 

 

  • Pomadas com alto teor de gordura: recomendadas para peles mais secas 

  • Loções ou cremes mais leves: podem ser eficazes em casos menos graves. 

 

Para evitar reações adversas, é essencial optar por produtos sem fragrâncias ou outros agentes potencialmente alergênicos. 

Banho de imersão 

O banho de imersão é uma prática que pode aliviar a inflamação e ajudar a acalmar os sintomas[2]. Mas atenção: siga as orientações do seu médico e tente evitar ao máximo o uso da água quente, pois ela pode intensificar a irritação[2].  

 

Os produtos para a limpeza também precisam ser escolhidos conforme a instrução do seu médico, como sabonetes para peles sensíveis. Após o banho, a secagem da pele também precisa de cuidado, sendo feita com uma toalha macia, sem esfregar a pele, para evitar atritos[2]. 


Técnicas para lidar com o estresse


Diante dos desafios emocionais causados pela DA e pelo PN, existem diversas estratégias de enfrentamento que podem ser eficazes


​Em resumo, é possível afirmar que uma abordagem mais equilibrada reduz as respostas emocionais negativas diante das crises[3].


A pele das crianças 

A dermatite atópica afeta crianças pequenas, sendo comum entre os 2 e 12 anos de idade[3]. Durante a infância, a barreira cutânea está em desenvolvimento, o que a torna mais vulnerável a fatores externos, como clima seco, poeira e irritantes presentes em produtos de higiene[3]. 

 

Por isso, o cuidado com a pele requer atenção especial, incluindo[3]: 

 

  • O uso de hidratantes adequados, prescritos pelo médico 

  • Escolha de roupas confortáveis, feitas de tecidos naturais, como algodão, que não irritam a pele.  

 

Além disso, evitar banhos muito quentes e prolongados é essencial para prevenir o ressecamento da pele[3]. Esses cuidados não apenas ajudam a prevenir crises de dermatite atópica, mas também contribuem para o conforto e bem-estar das crianças no dia a dia[3]. 


Cuidado constante 


Viver com DA pode ser desafiador, principalmente para aqueles que precisam de tratamento sistêmico a longo prazo, mas com um processo contínuo de cuidados com a pele, o paciente consegue minimizar os sintomas e recuperar uma melhor qualidade de vida[2]. Com a aplicação das estratégias discutidas, muitos pacientes conseguem minimizar os sintomas e recuperar uma maior qualidade de vida[2].  

 

Lembrando que cada pessoa pode reagir de forma diferente aos tratamentos, mas com o acompanhamento e as recomendações de um dermatologista, o você pode adaptar sua rotina de cuidados para controlar os sintomas de forma mais eficaz e minimizar o impacto da dermatite atópica na sua qualidade de vida[2]. 

 

Para suporte à sua jornada de tratamento, acompanhe os conteúdos produzidos pelo  Programa Viva. 



Referências bibliográficas 

1.  GIAVINA-BIANCHI, Mara. Manejo dos eventos adversos do dupilumabe na dermatite atópica e no prurigo nodular. Revista oficial da Associação Brasileira de Alergia e Imunologia ASBAI, [S. l.], p. Janeiro-Março 2024 - Volume 8 - Número 1, 12 nov. 2023. Disponível em: http://aaai-asbai.org.br/detalhe_artigo.asp?id=1448. Acesso em: 8 nov. 2024. 

2.  AGUIAR DE LIMA, Elisabete; GUIMARÃES DE ANDRADE, Leonardo. ATENÇÃO FARMACÊUTICA NO TRATAMENTO DE DOENÇAS DE PELE: DERMATITE ATÓPICA. Vista Ibero-Americana de Humanidades, Ciências e Educação-REASE, [S. l.], p. 1-14, 11 nov. 2023. DOI doi.org/10.51891/rease.v9i11.12389. Disponível em: https://periodicorease.pro.br/rease/article/view/12389/5778. Acesso em: 8 nov. 2024. 

3.  SILVA, Chayene Rúbia Costa. Fatores de risco e cuidados com a pele em pacientes com dermatite atópica. 2017. Trabalho de Conclusão de Curso (Graduação em Enfermagem) – Faculdade de Saúde e Educação Fasf, Piumhi, MG, 2017. Disponível em: https://dspace.fasf.edu.br/bitstream/handle/123456789/16/Chayene%20R%c3%babia%20Costa%20Silva%20%202017

%20%20FA23.pdf?sequence=1&isAllowed=y. Acesso em: 17 nov. 2024. 

4.  MITSUYAMA , Shinji; HIGUCHI, Tetsuya. Eficácia do dupilumabe para prurigo crônico em paciente idoso com dermatite atópica. Anais Brasileiros de Dermatologia, [S. l.], 21 nov. 2021. DOI 10.1016/j.abdp.2022.11.021. Disponível em: https://www.anaisdedermatologia.org.br/pt-eficacia-do-dupilumabe-prurigo-cronico-articulo-S2666275222002600. Acesso em: 8 nov. 2024. 


MAT-BR-2500254-Fevereiro/2025